ABRAÃO O PAI DA FÉ

Abraão o Pai da Fé o Profeta Modelo de Todas Nações

Abraão quem foi este home e sua história: { qual o Significado do nome na bíblico} vejamos que esse termo Deriva do hebraico e Significa {avraham ou ’abhrāhām), pai de uma multidão  ou “pai exaltado’: veja que a mudança de Abrão para Abraão teve por fim, reforçar a raiz da segunda sílaba, para dar maior ênfase à ideia de exaltação. Abraão era filho de Terá; progenitor dos hebreus, pai dos crentes e amigo de Deus, (Gn 11.26; Gl 3.7-9; Tg 2.23} 

Esse nome estava muito usado pelos semitas pelo menos duas gerações antes do rei­nado de Hamurabi, que parece ser o Anrafel. Existe a hipóteses de que este nome era dado a tribos. “Mas é importante notar que o nome dado a uma tribo inclui indivíduos cujos feitos são recordados pela tribo como atos da tribo. Ex. Noé.

A Introdução: Afinal Quem foi Abraão: bem Abraão foi um Homens de tanta influência nas religiões do mundo. Reverenciado por judeus, muçulmanos e também por cristãos, Abraão* é considerado um grande personagem das Escrituras” e “um exemplo notável da fé” Cristã A Bíblia o chama de “pai de todos os que têm fé”. {Romanos 4:11.}

Por que Abraão é tão respeitado? Um dos motivos é que ele é a única pessoa a quem a Bíblia se refere especificamente como amigo de Deus — e ela faz isso três vezes! {2 Crônicas 20:7}, nota;{ Isaías 41:8;} Tiago 2:23}

No entanto, em outros sentidos, Abraão era uma pessoa comum, assim como nós. Ele enfrentou muitas dificuldades que nós enfrentamos e foi bem-sucedido em lidar com elas. Gostaria de saber como ele fez isso? Veja o que a Bíblia diz sobre esse homem notável.

Sua formação: 
Abraão nasceu em 1990 a 2008 a.C e foi criado em Ur. (Gênesis 11:27-31) Essa cidade era grande e próspera, e estava mergulhada na adoração de ídolos. É possível que Tera, pai de Abraão, estivesse entre os que adoravam vários ídolos. (Josué 24:2) Mas Abraão escolheu adorar apenas a Jeová* e não às imagens sem vida de outros deuses.

O que motivou Abraão a tomar essa decisão? Sabemos que sua vida coincidiu 150 anos com a de Sem, filho de Noé. Caso ele tenha tido contato com esse homem bem mais velho, como isso o afetou? Talvez Sem lhe tenha contado como foi sobreviver ao Dilúvio global. Ele também pode lhe ter ensinado a importância de adorar a Jeová, o Deus que preservou Sem e sua família durante aquele Dilúvio.
Quer tenha sido por meio de Sem, quer por outros meios, Abraão aceitou o que aprendeu sobre o Deus verdadeiro. Quando Jeová, “o examinador dos corações”, observou Abraão, ele viu coisas boas nele  e o ajudou a se tornar um homem ainda melhor, Provérbios 17:3; 2 Crônicas 16:9.

A vida pessoal de Abraaão: 
Abraão teve uma vida plena e empolgante, muitas vezes desafiadora, mas de modo algum sem sentido. Veja apenas algumas das coisas pelas quais ele passou 
Quando Abraão morava em Ur, Deus o orientou a deixar sua terra natal e ir para uma terra que ele lhe mostraria. Embora Abraão e Sara não soubessem todos os detalhes, para onde iam e por quê eles obedeceram. Mais tarde, Abraão e Sara passaram a morar em tendas na terra de Canaã, vivendo como residentes forasteiros pelo resto da vida. {Atos 7:2, 3; Hebreus 11:8, 9, 13}.

Abraão e Sara ainda não tinham filhos quando Jeová prometeu fazer de Abraão uma grande nação. Ele prometeu também que todas as famílias da Terra seriam abençoadas por meio de Abraão. (Gênesis 11:30; 12:1-3) Mais tarde, Jeová confirmou essa promessa. Ele disse a Abraão que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas do céu. Gênesis 15:5, 6.

Quando Abraão tinha 99 anos e Sara quase 90, Jeová prometeu que eles teriam um filho. Isso parecia impossível do ponto de vista humano, mas Abraão e Sara logo descobririam que nada é ‘extraordinário demais para Jeová’. (Gênesis 18:14) Um ano depois, com 100 anos, Abraão se tornou pai de um filho, a quem deu o nome de Isaque. (Gênesis 17:21;21:1-5) Deus prometeu especificamente que por meio de Isaque a humanidade teria grandes bênçãos.

Anos mais tarde, Jeová fez um pedido muito incomum a Abraão: que ele sacrificasse seu amado filho, Isaque, apesar de o jovem não ser casado e não ter filhos. * A idéia de perder seu filho deve ter sido muito angustiante para Abraão, mas ele se preparou para obedecer à ordem de Jeová e oferecer Isaque em sacrifício. Abraão acreditava firmemente que Deus tinha poder para ressuscitar Isaque, se necessário, a fim de cumprir Sua promessa. (Hebreus 11-19) Bem na hora em que Abraão ia oferecer seu filho, Jeová interveio, salvando Isaque. Ele elogiou Abraão por sua notável obediência. Daí, repetiu suas promessas a Abraão, {Gênesis 22:1-18}

Depois de 175 anos de vida, Abraão adormeceu na morte. A Bíblia diz que ele “morreu numa boa velhice, idoso e satisfeito”. (Gênesis 25:7, 8) Assim, Abraão viu o cumprimento de outra promessa de Deus — que ele teria um vida longa e morreria em paz.Gênesis 15:15.

Seu  Exemplo e Qualidade
Abraão é muito mais do que um personagem religioso ou histórico de um passado distante. Até hoje, sua história é viva, fornecendo um excelente exemplo para todos nós, Consideremos quatro qualidades que Abraão demonstrou. Vamos começar com a qualidade que talvez seja a mais conhecida a fé.(Hebreus 11:8-10, 17-19) 

Um personagem fundamental na história da bíblica
Nos seus {6 } primeiros dez capítulos, o livro bíblico de Gênesis relata a história de vários homens de fé, incluindo Abel, Enoque e Noé. No entanto, ele dedica a maior parte dos 15 capítulos seguintes à vida de um só homem, Abraão, Além disso, é na história de Abraão que alguns dos mais importantes conceitos da Bíblia são mencionados pela primeira vez. Por exemplo, no relato de sua vida encontramos.

a primeira referência a Deus como Escudo, ou Protetor, de seus servos. {Gênesis 15:1}; veja Deuteronômio 33-29; Salmo 115-9; Provérbios 30-5.
a primeira menção de se depositar fé em Deus{Gênesis 15-6}.
a primeira ocorrência da palavra profetaGênesis 20:7.
a primeira referência ao amor parental. Gênesis 22:2.

Abraão é um personagem bíblico citado no Gênesis a partir do qual teriam se desenvolvido as religiões abraâmicas, as principais vertentes do monoteísmo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.Até hoje, os arqueólogos não encontraram nenhuma prova da existência de Abraão,embora tenham sido, recentemente, encontradas aldeias com nomes dos familiares de Abraão
 
(seu avô e seu bisavô, Naor e Serugue) numa área da atual Turquia, identificada como a região de Harã. É o primeiro dos Patriarcas bíblicos e fundador do monoteísmo dos hebreus.Acredita-se que Abraão teria vivido mais provavelmente entre os séculos XXI e XVIII antes de Cristo.

Uma vez que não existe  nenhum relato da sua vida independente das escrituras especificamente, do Livro do Gênesis, é preciso ter fé para acreditar que ele tenha sido uma figura histórica ou um personagem exaltado por Moisés a fim de explicar a origem dos hebreus e motivar o êxodo de seu povo do Egito em direção à terra de Canaã para concretizar as promessas de Deus. Segundo o livro Gênesis, que compõe o pentateuco do Antigo testamento, Deus disse a Abraão para deixar Ur com a sua família em direção à "terra que eu te indicar". 

Nesta terra, os seus descendentes formariam uma grande nação e herdariam uma terra "onde corre leite e mel". Sendo o povo escolhido de Deus, os hebreus conquistariam a terra prometida de Canaã, uma terra de fartura, em comparação com as que Abraão deixara para trás. Foi assim que Abraão deixou a sua vida sedentária para viajar para Canaã. Esta migração é de significado histórico comparável à epopeia de Moisés, mais tarde, trazendo os hebreus de regresso do Egito, através do Mar Vermelho.  

A História de Abraão na Bíblia
A história de Abraão é uma das mais importantes descritas na Bíblia, e é fundamental para entendermos a origem do povo hebreu. Porém, a história de Abraão também está diretamente ligada à Igreja de Cristo, não se resumindo apenas ao povo hebreu, Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco mais sobre quem foi Abraão, e entenderemos a importância de sua história na compreensão de toda narrativa bíblica.

Quem foi Abraão?
O pai de Abraão se chamava Terá, e sua família era natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia. Após a morte do irmão de Abraão, a família saiu de Ur em direção à terra de Canaã, e foram até Harã, e habitaram ali (Gn 11:31). Tanto Ur quanto Harã, eram cidades pagãs e centros de adoração ao deus da lua.

É muito difícil de afirmar com exatidão o período do nascimento Abraão, mas a maioria dos estudiosos estabelece o início do segundo milênio antes de Cristo como data aproximada para seu nascimento, o que estaria de acordo com uma possível cronologia utilizando os personagens bíblicos, além das descobertas arqueológicas que atestam um paralelo impressionante com o relato bíblico.

No livro de Gênesis capítulo 12, a Bíblia nos mostra Deus convocando a Abraão para que ele saísse do meio daquele cenário de paganismo, deixando sua parentela e partindo para uma terra prometida pelo próprio Deus. Com setenta e cinco anos, ele partiu em direção a terra de Canaã levando consigo sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, todos os seus servos e bens que havia adquirido.

Após chegar à Palestina, Abraão ficou nas proximidades de Betel, Hebron e Berseba, porém devido à fome que castigava a terra, Abraão desceu até o Egito. Temendo por sua vida, ele não apresentou Sarai como sua esposa, o que gerou alguns problemas para ele no Egito (Gn 12:13).

Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do sul, e retornou para as proximidades de Betel. Tanto Abraão quanto Ló eram muito ricos, gerando até mesmo contenda entre seus servos, e a terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se separam, preferindo Ló residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas montanhas chamada Manre (Hebron) ao sul.

As promessas de Deus na vida de Abraão
Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17, o nome do então Abrão, foi mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.

Não foi apenas o nome de Abraão que foi mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também, que, de Sarai, passou a se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação, Tais mudanças nos nomes têm haver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda no capítulo 12, depois no capítulo 15 de Gênesis, quando Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa, mas que sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.

Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que de Sara (na ocasião com noventa anos) ainda seria mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e, por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.

Abraão paga o dízimo a Melquisedeque
Ló, sua família e seus bens, foram tomados após uma guerra na região em que ele morava. Uma pessoa que escapou conseguiu avisar Abrão do que havia acontecido, e Abrão, juntamente com trezentos e dezoito criados, recuperou Ló e sua família das mãos dos mesopotâmios, Após esse episódio, Abraão foi abençoado por Melquisedeque, rei de Salém que também era sacerdote de El Elyon, o Deus Altíssimo, possuidor dos céus e da terra, assim Abraão deu-lhe o dízimo de tudo.

Abraão na terra dos filisteus:
a encontra-se com Abimeleque rei dos filisteus em Gerá conforme o capítulo 20 de Gênesis, Abraão parte de Hebrom para Gerar, que estaria situada entre Cades e Sur, região que corresponde à terra dos filisteus que era governado por Abimeleque, rei dessa nação, Então Abraão comete o mesmo erro praticado quando esteve no Egito e diz que Sara seria sua irmã. Abimeleque apaixona-se por Sara e a toma de Abraão, Deus então aparece em sonhos a Abimeleque e lhe adverte para que restitua Sara a seu esposo. 

Assim Abimeleque Obedece a Deus, e traz Sara de volta entregando-lhe também bens e riquezas. Abraão que tinha pago a Abraão pela compre de Sara, então Abimeleque ora para que Abraão perdoem, existem uma fontes não bíblicas que  afirmam que, com o desaparecimento de Melquisedeque, Abraão modificou muito a sua forma de agir. Mesmo alguns historiadores defendem a ideia que era um outro Abraão que ocupou o seu lugar. Mas poderia ter sido apenas a tristeza pelo desaparecimento de Melquisedeque.

Não há registro da morte de Melquisedeque e mesmo o apóstolo Paulo faz menção a esse fato na Carta aos Hebreus (cap.7). Abraão tornou-se mais inativo e temeroso,Tanto que ao chegar a Gerar, Abimeleque tomou-lhe a sua esposa Sara. Mas este período de aparente covardia foi curto. E logo Abraão compreendeu a herança proposta pelo seu antecessor no trono e começou a proclamar uma mensagem de um Deus único entre os povos filisteus e mesmo entre os súditos de Abimeleque. Segundo uma tradição judaica, Abraão chegou a crença em um só Deus ao refletir sobre a natureza do universo e ao rejeitar a idolatria. Assim, quebrou a cabeça de todos os ídolos que seu pai tinha em sua loja deixando somente um, o maior deles, deixando para este uma oferenda, Depois do nascimento de Isaque, Abraão e Abimeleque fizeram um pacto em Berseba, isto é, realizaram um juramento de confiança

Abraão e Ismael
Deus anunciou que Abraão teria uma grande descendência ainda no capítulo 15 de Gênesis, porém Sara, vendo que não era capaz de conceber um filho de Abraão, ofereceu sua serva Agar e Abraão a tomou, nascendo então Ismael. Esse costume de uma serva conceber um filho do seu senhor era uma prática comum da época. Abraão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu, Mais tarde, após o nascimento de Isaque, Agar e seu filho, Ismael, foram despedidos por Abraão e saíram pelo deserto de Berseba. Em Gênesis 21:13, Deus avisa que também faria de Ismael uma grande nação, porque também era descendente de Abraão. É através de Ismael que os árabes traçam sua origem até Abraão.

Abraão, Isaque e o sacrifício
Isaque foi o filho da promessa, e nasceu quando Abraão já tinha cem anos. O nome Isaque significa “rir” ou “riso”. Isaque se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas que Deus havia feito, porém Deus pediu Isaque em sacrifício para Abraão.

O maior dilema que Abraão poderia ter enfrentado é, além do amor que sentia por seu filho, o fato de que a promessa de Deus poderia não se cumprir. Porém, não foi isso que aconteceu, ao contrário, a Bíblia diz que Abrão confiou totalmente na fidelidade de Deus, e considerou que Deus poderia fazer com que Isaque ressuscitasse dos mortos para que a promessa fosse cumprida, Por fim, a fidelidade de Abraão foi demonstrada, e Deus preparou um cordeiro para substituir Isaque naquele sacrifício.

Os outros filhos de Abraão e morte de Sara:
Após a morte de Sara, Abraão tomou outra mulher para si chamada Quetura. Os estudiosos discutem se Quetura realmente foi uma segunda esposa ou apenas uma segunda concubina. O que podemos afirmar é que com Quetura ele teve mais seis filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá (Gn 25:2).

Através dos filhos que teve com Quetura, Abraão se tornou também o pai de outros povos, como os medianias, A Bíblia diz que Abraão viveu 175 anos, e foi sepultado por Isaque e Ismael no campo de Efrom. A Bíblia também afirma que tudo o que ele tinha deu a Isaque. Para os demais filhos, a Bíblia diz que Abraão deu presentes

A história de Abraão no Novo Testamento
Existem 74 referências a Abraão nos livros do Novo Testamento, ficando apenas atrás de Moisés que possuí 79, já no novo Testamento, Deus é chamado de o “Deus de Abraão” (Mt 22:32; At 7:32), na genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus 1:1 ele aparece como antecessor do Messias e, além de pai dos israelitas segundo a carne (Mt 3:9; Jo 8:33; At 13:26), também é o pai espiritual de todos aqueles que compartilham a fé em Cristo (Rm 4:11; Gl 3:29), Assim A fé de Abraão é o modelo de fé que devemos ter (Rm 4:3-11) e por tamanha fé ele esta presente na galeria dos Heróis da Fé na Epístola aos Hebreus (Hb 11:8-19). 

historicidade da vida de Abraão
Embora não exista nenhum relato extra-bíblico sobre a história de Abraão (apenas algumas prováveis evidencias em escritos babilônicos), tudo o que a arqueologia já descobriu sobre a civilização da época de Abraão faz com que muitos estudiosos classifiquem os relatos bíblicos como uma descrição perfeita do período que é apresentado, A guerra entre os quatro reis do Egito contra os reis locais no capítulo 14 de Gênesis, por exemplo, é considerado por arqueólogos um dos relatos mais detalhados sobre o assunto, com uma precisão geográfica impressionante

Características de Abraão
·Abraão é o pai do povo Hebreu;
·Abraão é considerado o pai da fé porque o Novo Testamento ensina que todos que têm fé em Jesus são descendentes espirituais de Abraão;
·A Bíblia não esclarece praticamente nada da vida de Abraão antes dos 75 anos de idade, Abraão foi pai de Isaque com 100 anos de idade;
·Abraão era quase um nômade, porém era um homem muito poderoso e rico;
·Ele era um homem de paz, mas utilizava seus servos como um exército em conflitos ocasionais (Gn 14)  

Abraão teve encontros pessoais com Deus (Teofanias), e em um deles Deus, em forma humana,visitou Abraão acompanhado por dois anjos (Gn 12:7-9; 18:1-33);
·Abraão também recebeu a palavra de Deus em sonhos (Gn 15:12-17);
·Foi chamado pelo próprio Deus de profeta (Gn 20:7);
·Por duas vezes escondeu que Sara era sua esposa (Gn 12:11-13; 20:5);
 Abraão é chamado de “amigo de Deus” (2Cr 20:7; Tg 2:23);                                 

A religião de Abraão
São 14 capítulos do Gênesis dedicados a Abraão. Ao contrário de outros profetas e personagens do Antigo Testamento, cuja saga começa a ser narrado a partir do nascimento, Abraão estréia já adulto. No início do relato, ele vive com seu pai, Terá seus irmãos e sua esposa, Sara, em Ur, uma das cidades mais importantes do mundo antigo, localizada ao sul do rio Eufrates (veja mapa na página 44).

Não tem filhos, porque Sara era estéril. Certo dia Terá reúne Abraão Sara e Ló, sobrinho do patriarca, e resolve seguir com a família para as terras de Canaã, que se estendiam do sudoeste da Síria até o Egito. Ao chegarem à cidade de Harã, depois de uma viagem longa e exaustiva, decidem ficar por lá mesmo. Terá morre. Abraão ouve pela primeira vez o chamado de Deus, que lhe promete terra e descendência. Sem pestanejar, ele deixa Harã e parte rumo à terra dos cananeus.

O relato bíblico narra o episódio como se Abraão fosse monoteísta desde sempre, segundo a concepção que temos hoje. No entanto, o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, evoca passagens da vida do patriarca que não constam da Bíblia e que explicitam como se deu a adesão ao Deus único e o rompimento com a crença dos antepassados. Abraão (ou Ibrahim, como é chamado no Islã), ainda jovem, inicia seu itinerário religioso recusando a adoração dos astros.

Nega os deuses petrificados como estátuas e parte para uma verdadeira batalha de fé contra a idolatria dos seus antepassados, destruindo os ídolos locais e pregando a existência de um único Deus – como fez o profeta Maomé mais de 20 séculos depois, quando o Estado Árabe estava se constituindo. O povo condenou Abraão à fogueira e, milagrosamente, ele se salvou. “Por revelação divina, Abraão sabia que deveria divulgar o Deus único, o monoteísmo”, diz o xeque Ali Abdune, da Associação Mundial da Juventude Islâmica, em São Paulo.

“A aceitação dele ao chamado de Deus significou submissão total e voluntária à vontade divina. Abraão deixou tudo por isso, se tornou o patriarca, o amigo de Deus.”Narrativas semelhantes são encontradas em textos apócrifos, como o Apocalipse de Abraão, e em histórias da tradição oral judaica, compiladas no Talmude, Uma das passagens relata que tanto o nascimento do patriarca quanto sua luta pessoal contra os ídolos foram previstos por astrólogos, que logo avisaram o rei Nimrod. Este decidiu matar o menino assim que ele nascesse, mas Terá o pai, o escondeu numa caverna.

Abraão ficou no esconderijo durante alguns anos. Ao sair, quando viu o Sol pela primeira vez, pensou consigo mesmo: “Deve ser este o Deus que criou o céu, a terra e a mim”. E rezou o dia inteiro ao sol. À tarde, ao ver o astro desaparecer, pensou: “Não é um Deus”. Avistou a Lua, à noite, e cogitou que talvez fosse ela a senhora do mundo. Durante a noite inteira, fez orações à Lua. Pela manhã, observou que ela havia sumido. Levantou as mãos ao céu e disse: “Não, não são esses os criadores do mundo. Só um Deus existe no céu, que reina sobre todos os outros, A Ele orarei e perante Ele me curvarei”. Surgia, aos olhos da fé judaica, a concepção monoteísta.

Mas não para a ciência. Achados arqueológicos mostram que os povos da região do Crescente Fértil – como ficaram conhecidas as terras produtivas que se estendiam da antiga Mesopotâmia ao Egito – não acreditavam em um Deus único e soberano. No período patriarcal, que vai de 2000 a.C. a 1500 a.C., vigorava o politeísmo, Os seminômades, porém, eram henoteístas, ou seja, adoravam apenas uma divindade, mas admitiam a existência de outras. “Cada clã cultuava o seu próprio deus”, diz o pastor luterano Milton Schwantes, cientista da religião da Universidade Metodista de São Paulo. “A cultura seminômade não permitia uma diversidade grande de concepções de mundo.”

Segundo Milton, o politeísmo surge porque vários subgrupos, dentro de uma grande população, requisitam funções diferentes da divindade – deus da guerra, deus da colheita, deus do poço… Como a população do clã é pequena e homogênea, uma diferenciação como essa poderia pôr em risco o grupo social. “Daí a tendência a um só caminho religioso”, afirma Milton. “Mas isso não significa que exista um pensamento teórico monoteísta no mundo antigo. Existe, sim, um monoteísmo de adesão, em que cada grupo adere a um único Deus.”  

Abraão interpretado
Segundo o narrador do Gênesis, o Deus de Abraão é Javé (Iahweh, em hebraico). No entanto, os exegetas, como são chamados os estudiosos dos textos sagrados, reconhecem que se trata de um anacronismo, um acréscimo posterior feito ao relato. No período patriarcal, a denominação mais comum de Deus seria El, como comprovam achados arqueológicos da época. Para entender por que El (o Deus da vida) se tornou Javé (o Deus libertador), você precisa voltar no tempo e mais precisamente ao início da formação do povo de Israel, entre 1250 a.C. e 1000 a.C., quando os primeiros cinco livros da Bíblia, que também formam a Torá judaica, começaram a ser redigidos.

Até aquela época, as narrativas eram basicamente orais. Circulavam várias histórias sobre Abraão e os demais patriarcas. Aos poucos, esses relatos começaram a ser escritos, obviamente sofrendo influências literárias e ideológicas de acordo com o momento histórico que o povo vivia. A versão final do Gênesis e dos demais livros data de 400 a.C., mais de mil anos depois da época em que Abraão teria vivido. “Nesse período, houve um grande movimento para considerar o povo de Israel uma raça única e Javé, o Deus único. Era preciso consolidar a teocracia, e esse tipo de instituição exigia a existência de um Deus absoluto para justificar o poder do rei”, afirma o padre Shige Nakanose, biblista do Centro Bíblico Verbo, em São Paulo.

Até então, havia vários nomes para Deus e Javé era um deles. Referia-se a uma divindade masculina cultuada ao lado da deusa Aserá em um período posterior ao patriarcal. Javé era o Deus adorado pelos grupos que escaparam da escravidão e do exílio e que se juntaram ao incipiente povo de Israel. Assim, quando as últimas versões do Gênesis foram escritas, os redatores tentaram substituir referências às divindades da região de Canaã como o nome El – por invocações a Iahweh.

Interferências como essa também moldaram a figura do Abraão bíblico. “Originalmente, existiam diversas tradições orais sobre os patriarcas. Eram narrativas curtas e independentes, que falavam do sacrifício de Isaac, da visita dos três estrangeiros à tenda de Abraão, da destruição de Sodoma e Gomorra e assim por diante”, diz o padre Shige. Essas narrativas tinham, inclusive, uma função pedagógica para o grupo e traziam mensagens intimamente relacionadas com o contexto da época. Pouco a pouco, tais memórias foram sendo reunidas e adaptadas conforme a intenção do redator. “Vários clãs contavam as histórias dos seus pais e fundadores. A história de Abraão foi a que prevaleceu e acabou absorvendo as demais”, afirma o biblista

Por isso, ao longo do relato do Gênesis sobre o patriarca, existem versões de uma mesma história e vários anacronismos, como as passagens que citam o uso de camelos (esses animais só foram domesticados em torno de 1100 a.C.) ou mesmo as promessas divinas de terra e de descendência numerosa. “São promessas recentes no contexto bíblico, porque pressupõem um Estado. Para o chefe de um clã, a promessa de muita gente é um problema, já que ele pode alimentar uma quantidade restrita de bocas. E a necessidade de terra é muito mais agrícola que seminômade”, diz Milton Schwantes. “A promessa de um descendente faz parte da história de Abraão. Mas as outras, de posteridade e de terra, referem-se a um povo. Um país, para dar certo, precisa de terra e gente.”

O Abraão bíblico crê em Javé e mantém-se fiel a Ele, mas não consegue imaginar a concretização das promessas. Ele não tem filhos e sua esposa é estéril – como, então, sua descendência será tão numerosa quanto as estrelas do céu? Diversos povos já habitavam a Terra Prometida – como ele poderia possuí-la? Deus, então, sela duas alianças com o patriarca. A primeira, pela terra, envolve o sacrifício de animais. Abraão toma uma novilha, uma cabra e um carneiro e divide-os ao meio, colocando as metades umas diante das outras. Oferece também dois pássaros, sem dividi-los. “Eu dou esta terra aos teus descendentes, desde a torrente do Egito até o grande rio Eufrates”, diz o Senhor.

Mais tarde, Deus firma a segunda aliança, dessa vez pela descendência. E propõe a circuncisão de todos os homens do clã e de todos os meninos no oitavo dia a partir do nascimento. Até aquele momento, o nome do patriarca era Abrão, que significa “pai elevado” ou “pai erguido”. A partir daí, Deus o chama de Abraão, “pai de uma multidão”. Para simbolizar a dimensão do acordo entre ambos, Deus também muda o nome de Sarai para Sara. “Eu a abençoarei e dela te darei um filho. E  abençoarei e ela será a mãe de nações e dela sairão reis.” A promessa se realizou e Sara gerou Isaac.                                                                                       

A ERA PATRIARCAL:
A dimensão religiosa das figuras de Abraão e de Sara é enorme – mas o que a ciência tem a dizer sobre “o pai de uma multidão” e “a mãe das nações”? “Existem achados arqueológicos que comprovam que existiu, sim, um período patriarcal no qual podem ter ocorrido todos os eventos que são descritos no Gênesis”, afirma a historiadora Ruth Leftel, da Universidade de São Paulo. “Nomes, costumes e normas de comportamento dos patriarcas do relato bíblico eram realmente aqueles. O que não foi comprovado é a existência física de Abraão, Isaac e Jacó, esposas e filhos como figuras históricas

Hoje se sabe que os patriarcas habitaram o lado ocidental da Mesopotâmia, a oeste do rio Eufrates, e partilharam o mundo material, cultural e ritual dos povos conhecidos como semitas ocidentais. As tabuinhas de argila encontradas em escavações na região referem-se a eles como amuru, que significa: “homens” (am) e “ocidente” (uru).

As descobertas esclarecem certos procedimentos presentes na história de Abraão. Na primeira aliança firmada com Deus, por exemplo, o patriarca matou alguns mamíferos e os cortou ao meio, colocando as metades uma na frente da outra. “Como na época não havia tabelião para reconhecer firma ou legitimar contratos, uma aliança entre dois chefes de tribo ou dois governantes de cidades precisava ser feita entre as metades de um burro para ter validade”, afirma Ruth, Os animais do relato bíblico são outros, porque na época da redação já existiam certas prescrições quanto aos animais, mas o costume é rigorosamente igual.

Outro exemplo é a atitude de Sara. Como ela era estéril, cedeu uma de suas servas, chamada Agar, a Abraão para que ele garantisse a descendência. Nas tabuinhas de argila, a lei é bem clara: a mulher permanente ou temporariamente estéril era obrigada a escolher uma filha ou uma escrava para dormir com o marido e assim gerar descendentes.

Também os nomes que constam do Gênesis são idênticos àqueles atribuídos aos amuru, formados por um verbo e uma denominação de Deus, em geral El. “Os nomes dos patriarcas têm relação com a história e os atos da vida deles. Foram colocados posteriormente”, diz Ruth. Um exemplo é o nome do filho de Abraão com a escrava Agar, o primogênito Ismael. Vem de Ishma-El e significa “Deus ouve”, em referência à passagem em que Agar está no deserto, grávida, e Deus aparece e a ampara. Já o filho nascido da promessa divina é Ytzhak-El, na forma abreviada Isaac, que quer dizer “Deus ri”. Tanto Abraão quanto Sara riram, quando Deus lhes prometeu uma posteridade numerosa, porque ambos eram idosos e não imaginavam como poderiam gerar um filho.

Hoje se sabe que os patriarcas, assim como os amuru, viviam de fato em clãs seminômades e mantinham elos econômicos com as cidades – troca de produtos dos rebanhos pelos manufaturados. Apesar da relação comercial, as tabuinhas mostram que os amuru não podiam participar da vida das cidades nem ser considerados cidadãos de Canaã. Eles não tinham direitos e não podiam fixar-se numa cidade, a não ser que o governante fosse benevolente e permitisse que levantassem tenda por um tempo determinado. As leis eram claras: um cidadão livre, para ter direitos, precisa ser dono de terras e ser sedentário há gerações. “Isso explica por que os patriarcas não podiam se fixar e ficavam circulando durante todo o tempo”, diz Ruth Leftel.

Se as tabuinhas não podem garantir se algum Abraão se destacou entre os amuru, outros registros arqueológicos comprovam que a história do patriarca alcançou outros povos da Antiguidade. “A dúvida sobre a existência de Abraão é nossa, mas não dos antigos”, afirma o historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Eles se relacionam com o passado de modo bastante diferente. segundo sua a nales a fé justifica tudo pois eles Acreditam que Deus – ou os deuses intervém em torno de determinadas figuras, transformando-as em heróis fundadores.”

Amuletos de uso mágico de origem desconhecida encontrados em escavações piratas estampam a figura de um jovem carregando um cutelo. Há uma criança e um altar. Uma mão sai do céu e aponta para um arbusto, onde está preso um cordeiro. Não há dúvidas: trata-se da passagem do sacrifício de Isaac, uma das mais marcantes do Gênesis, em que Deus põe Abraão à prova, pedindo que ele sacrifique o filho tão amado. Abraão obedece. No momento em que ergue o cutelo, Deus o interrompe e salva Isaac. Um carneiro, então, é oferecido em holocausto. Nas costas dos amuletos, um alfabeto semítico, provavelmente com palavras em hebraico e samaritano, sem significado aparente, Se não há, significado, são palavras mágicas. Só quem usava o amuleto as conhecia”, diz André.

Para ele, a existência desse tipo de material e a invocação do nome de Abraão em fórmulas mágicas são provas de que ele existiu. Além disso, o fato de estarem em hebraico demonstra que o uso é próprio de quem está inserido na narrativa e acredita nela. “Quem fez e quem usou o amuleto muito provavelmente é um judeu”, afirma ele. Referências a Abraão também aparecem em textos de magia escritos em papiros e usados para submeter demônios, unir namorados etc. Chamar pelo “Deus de Abraão, Isaac e Jacó” era uma prática bastante frequente, o que revela a influência cotidiana dessas histórias. 

O LEGADO DE ABRAÃO                                                                        
De acordo com a Bíblia, Abraão morreu aos 175 anos de idade e foi enterrado por seus filhos Ismael e Isaac onde estava o túmulo de Sara, nos arredores da cidade de Hebron. Seu legado espiritual independe da existência histórica. Para milhões de fiéis no mundo todo, basta o exemplo de fé e obediência do patriarca. “Abraão introduziu o revolucionário conceito de monoteísmo ético”, diz o rabino Henry Sobel, da Congregação Israelita Paulista. “Ético porque acreditar em um único Deus exige assumir a igualdade entre todos os filhos dele. Todos os povos, portanto, são iguais. E, embora tenhamos um único Deus, Deus tem mais do que um único povo.”

Para o psicólogo Henry Abramovitch, da Universidade Tel Aviv, em Israel, a saga de Abraão foi uma verdadeira viagem em busca do auto conhecimento – que ainda se mantém como fonte de inspiração para muita gente. Abramovitch, cujo nome em russo significa “filho de Abraão”,

escreveu o livro Father ou seja (“O primeiro pai”, ainda sem tradução em português), no qual traça um estudo psicológico sobre o patriarca. “Ele tinha tudo e deixou esse tudo a fim de buscar um novo destino. As palavras do chamado divino, em hebreu Lech Lekha, podem ser lidas literalmente como ‘Vá para si mesmo’”, afirma o psicólogo. “Assim, ele se torna o protótipo da jornada ao conhecimento de si mesmo e da individualização.” Abraão não é um homem que simplesmente segue ordens. Pelo contrário, ele ensina como estar em contato com o self, o âmago de si mesmo.

Uma das passagens mais célebres da história do patriarca, o sacrifício de Isaac, inspirou o filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard a refletir, na obra Temor e Tremor, sobre o que é a fé. O livro lançou as bases para uma nova teologia no século 20, voltada ao mesmo tempo para a transcendência e a ação no mundo. “Abraão acredita que deve obedecer a ordem divina e sacrificar seu filho, mas tem a certeza de que Deus não vai abandoná-lo”, diz o filósofo e cientista da religião Ricardo Quadros Gouvêa, da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. Situação a princípio absurda, Kierkegaard parte daí para concluir que a fé vai além da capacidade da razão, não se resume à ética e aos valores universais e, especialmente, exige um engajamento no momento presente. “Abraão sabia que teria Isaac de volta. Demonstrou, ao mesmo tempo, desprendimento e compromisso”, afirma Ricardo.

Na mística islâmica, o patriarca representa um símbolo da busca pelo centro de si mesmo. Ele é o amigo íntimo de Deus, o jovem herói que destrói os ídolos internos e instaura a unidade de cada indivíduo. “A característica essencial de cada ser humano é a ligação com o sagrado. Você é um jeito de Deus aparecer – isso é monoteísmo, o um que está presente em cada pessoa”, diz a psicóloga Beatriz Machado, da USP, que pesquisa as obras do mestre sufi Ibn ‘Arabî. Para os estudiosos da Cabala, a mística judaica, Abraão também apresenta aspectos simbólicos. “Ele está relacionado à expansão de fronteiras, à superação das próprias limitações e ao princípio de que tudo está relacionado com tudo”, afirma Roberto Natan, professor de meditação cabalística na Academia de Cabala Rav Meir, no Rio de Janeiro.

A unidade é um tema recorrente quando o assunto é Abraão. Primeiro, porque ele é considerado pai espiritual das três grandes tradições monoteístas. Depois, por deter, de acordo com o relato bíblico, a paternidade biológica de judeus, por meio do filho Isaac, e de árabes, pela linhagem do primogênito Ismael. A ciência vem agora corroborar essa tese. Uma pesquisa, realizada em conjunto por cientistas de cinco países, entre eles Estados Unidos e Israel, mostrou que palestinos, sírios, libaneses e judeus têm forte parentesco genético entre si. O estudo, que comparou o DNA de 1 300 homens árabes e judeus de 30 países, revelou também que esses povos possuem um ancestral comum, possivelmente os semitas ocidentais, que teriam habitado o Oriente Médio há pelo menos 4 mil anos. Seriam todos eles descendentes do mesmo patriarca?

Enquanto os cientistas ainda não têm a resposta para tal pergunta, judeus, cristãos e muçulmanos continuam a buscar cada qual o “seu” próprio Abraão. Em cada crença, um aspecto do patriarca é ressaltado. “Abraão pode ser comparado a um moderno meio de comunicação que apresenta diferentes mensagens, de acordo com os paradigmas de cada religião e cultura”, afirma Reuven Firestone, especialista em judaísmo e Islã do Hebrew Union College, nos Estados Unidos. “Mas ele pode ser também a ponte entre as três tradições. Afinal, Abraão é um legado de todos.” Firestone lembra o capítulo 18 do Gênesis.

O patriarca está diante de sua tenda, descansando, quando percebe a chegada de três homens. Hospitaleiro, recebe-os com distinção. Não pergunta quem são nem se têm dinheiro. Simplesmente lhes oferece pão, leite, manteiga e um novilho preparado na hora. “Eis uma herança de Abraão: o exemplo de acolhida e hospitalidade”, diz Firestone. Que todos os filhos sejam bem-vindos na grande tenda do patriarca.

A Descendência de Abraão
Há uma discussão entre Árabes e Judeus para arrogar para si a exclusividade em serem descendência do Patriarca Abraão. Afinal, quem é a descendência de Abraão? Queremos dizer que nem Árabes, nem Judeus são descendência de Abraão, pois na concepção divina a carne para nada aproveita, conforme ensinado pelo Senhor Jesus no Evangelho de João 6:63. João Batista ensinando acerca da irrelevância da origem racial diz que Deus pode até das pedras suscitar filhos a Abraão, devendo então os Judeus, produzirem frutos dignos de arrependimento (Mateus 3:8,9).

Quem, então, é a descendência de Abraão? De acordo com o Apóstolo Paulo, não há descendência, mas sim Descendente, porque em {Gálatas 3:16} está escrito: “Ora, a Abraão e a seu Descendente foram feitas as promessas; não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos , mas como de um só: E a teu Descendente, que é Cristo.” A tradução que diz posteridade, mesmo que no singular, não cabe, pois dá uma idéia de coletivo, tampouco cabe a tradução que diz descendência, haja vista o Apóstolo finalizar dizendo que é Cristo, ou seja, gênero masculino, número singular

Afirmamos que, com fulcro na passagem de {Gálatas 3:16}, somente o Senhor Jesus é o Descendente de Abraão, sendo o único portador das promessas. Em {Hebreus 1: 2}, diz que o Senhor Jesus é o Herdeiro de Todas as Coisas, de tudo, conforme a tradução Corrigida. Ora, sendo Cristo o herdeiro de tudo, não sobrou nada para ninguém.

Sendo Deus misericordioso, o Senhor proveu um modo de conceder aos homens (a qualquer homem) parte nessa herança, cuja condição sine qua non para ser co-herdeiro é crer em Cristo como seu único e suficiente salvador, tornando-se assim um filho de Abraão (Gálatas 3:7), porque todos os que quiseram se autoproclamar filho de Abraão, tendo a origem racial como parâmetro, foram reprovados pelo Senhor Jesus, conforme lemos em João 8:39,40.

Conforme dissemos, tornamos a repetir: É condição indispensável para ser filho de Abraão crer em Jesus Cristo. Paulo, o Apóstolo, confirma isso ao iniciar {Gálatas 3:29} com a condicional SE, pois diz: “ Se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa. Veja que agora o referido Apóstolo deixa de falar em promessas, para falar em promessa, Por que será? Respondemos que Paulo se refere à vida Eterna, conforme {I João 2 : 25}, que diz: “ E esta é a promessa que ele nos fez: A vida eterna.” Somente quem pensa nas coisas que são de baixo e não nas que são de cima, pode interpretar que se trata de terras físicas no Oriente médio.

O mais revelador de {Gálatas 3:29} é a analogia que podemos fazer com {Êxodo 19:5}. Tanto uma como a outra passagem usam a condicional SE, bem como a conclusiva ENTÃO. Observe, porque transcreveremos in totum. Primeiramente { Êxodo 19:5}:” Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra.” Agora {Gálatas 3:29}: “ E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.”

Israel carnal só seria povo de Deus se guardasse o Pacto, tendo-o transgredido continuamente, até que na transgressão máxima, ou seja, na rejeição de Cristo, foram definitivamente rejeitados por Deus como seu Povo. O ser humano só pode ser filho de Abraão, se crer em Cristo, tornando-se assim herdeiro da Vida eterna.

Mulheres de Abraão
O que seria de Abraão se não fossem Sara, a esposa, e Agar, a escrava? Figuras fundamentais na saga do patriarca, elas protagonizam alguns dos mais importantes capítulos do Gênesis. “O que movimenta o texto bíblico e as promessas são os filhos”, diz a pastora metodista Nancy Cardoso Pereira, teóloga especialista em Bíblia Hebraica. As memórias femininas, no entanto, são contidas pela tradição patriarcal. Abraão mente a respeito de Sara, dizendo que ela é sua irmã, em duas versões da mesma história. Quer salvar a própria pele. Muito bonita, Sara chama a atenção do faraó e, em outra ocasião, do rei dos Filisteus Abimelec, que a tomam como concubina. Deus, porém, os castiga. Eles descobrem a farsa e repreendem Abraão. Sara não diz uma palavra – não argumenta nem lamenta.

As duas mulheres se confrontam quando o assunto é o primogênito de Abraão. Seguindo um costume comum no período patriarcal, a estéril Sara cede uma das servas ao marido para que a descendência se garanta. Agar engravida e, segundo o relato bíblico, passa a esnobar a sua senhora. Por causa disso, Sara se ressente e castiga a escrava, expulsando-a do clã. Agar foge, então, para o deserto. Num dos mais belos trechos do Gênesis, Deus surge a Agar próximo a um poço, no meio do deserto, e pede que ela volte para casa. 

(O “Deus do poço” é uma imagem bastante recorrente na religiosidade do período patriarcal.) Também a ela Deus promete: “Multiplicarei tua descendência de tal forma e será tão numerosa que não se poderá contar”. Isso acontecerá por meio de Ismael, filho que ela carrega no ventre. Agradecida, Agar nomeia o Deus que conversou com ela de El-roí, o “Deus que me vê”.

É possível que a esterilidade de Sara e de outras mulheres do período esteja relacionada a uma tradição mesopotâmica das sacerdotisas, que não engravidavam para se dedicar ao culto da divindade”, diz Nancy. “Para contar essa história, não mais no contexto da autonomia religiosa daquelas mulheres, o registro narrativo as apresenta como estéreis.”

Os Filhos de Abraão
Segundo o Gênesis, Ismael, o filho de Agar e Abraão, deu origem aos povos árabes. O profeta Mohammad, ou Maomé, teria vindo dessa linhagem. Para os muçulmanos, o itinerário de Abraão vai além das terras de Canaã e do Egito. “Abraão passou pela Palestina, pela Arábia Saudita e por Meca, onde teve de deixar sua segunda esposa, Agar, e Ismael”, afirma o xeque Ali Abdune. “Segundo as escrituras sagradas, separar-se do filho primogênito foi um teste que Abraão teve de passar.”

Agar foi expulsa duas vezes por Sara – a segunda vez por um motivo que o texto bíblico não esclarece direito. Diz o Gênesis que Ismael brincava com o irmão Isaac. Sara, ao ver a cena, temeu pela herança do seu próprio filho e pediu a Abraão que expulsasse a escrava e Ismael (que aparece no texto ora como um adolescente, ora como uma criança). Ambos foram parar no deserto. A água acabou e Agar, desesperada, começou a chorar. Deus, então, apareceu e disse: “Não temas, pois Deus ouviu os gritos do menino do lugar onde ele está. Ergue-te! Levanta a criança, segura-a firmemente porque eu farei dela uma grande nação”.

Para o mundo judaico-cristão, o filho da promessa de descendência numerosa é Isaac. Foi ele que Abraão quase sacrificou na colina de Moriá, local que a tradição encarregou-se de associar ao monte em que se edificou o Templo de Jerusalém. De Isaac, o segundo patriarca, se originou o povo de Israel. Para o Islã, porém, Deus testa de maneira semelhante a fé de Abraão, mas o nome do filho e o lugar não são mencionados. Numa passagem do Alcorão, o patriarca diz: “Ó filho meu, sonhei que te oferecia em sacrifício”. Quando Abraão demonstra que vai se submeter à ordem divina, outro filho lhe é prometido, Isaac. Por isso, a maioria dos muçulmanos acredita que Ismael foi o menino quase oferecido em holocausto.

Data e pano de fundo histórico Abraão:  
Estudiosos antigos apresentavam Abraão como contemporâneo de Hamurabi da Babilônia identificado com Amrafel de Senaar (Gn 14,1). Essa identificação tornou-se insustentável, da mesma forma como não se pode situar os cinco reis dessa passagem em algum período conhecido da história mesopotâmica, muito embora os mesmos nomes – ou nomes semelhantes ­sejam encontrados na primeira metade do segundo milênio a.c.; cf. os verbetes correspondentes.

Entretanto, pode-se dizer quase com certeza que Abraão pertence ao período situado entre 2000­,1500 a.C., mais à segunda do que à primeira parte desse período. Não é mais possível considerar Abraão como uma pessoa inteiramente fictícia, criada para personificar uma tribo, muito embora nem todas as tradições a ele referentes tenham o mesmo valor histórico. “Sobre o pano de fundo histórico e cultural, cf. amorfos; patriarcas” (mackenzie John L 1984. p. 7

Seus rebanhos.                                                              
É provável que, em Harã, Abrão tenha recebido talvez um segundo chamado divino para deixar a terra de sua família e se estabelecer na terra que Deus lhe indicaria. Nesta passagem, logo no começo do capítulo 12 de Gênesis, Deus anuncia diretamente ao patriarca bíblico que ele se tornaria uma grande nação e não há nenhuma menção expressa de que a terra prometida seria Canaã, muito embora esta teria sido o destino que o seu pai teria buscado e veio a ser confirmado posteriormente.

Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. (Gênesis 12:1-2)

Todavia, é provável que devido à profecia proferida por Noé, quando castigou a Cam dizendo que Canaã seria escravo de Sem, existisse a ideia de que Abraão deveria seguir em direção à Canaã (Gênesis 9:25-27). Até mesmo porque no verso 31 do capítulo 11 de Gênesis diz que Terá e sua família deixaram Ur destinados a chegar em Canaã.

A partida para Canaâ
A Bíblia diz que Abraão, obedecendo as ordens de Deus, saiu com Ló de Harã, juntamente com sua esposa e seus bens, indo em direção a Canaã. O texto informa que Abrão já teria setenta e cinco anos de idade e dá a entender que já tivesse pessoas a seu serviço, embora nenhum filho.

Depois dessa longa jornada de Harã até Canaã, o primeiro local onde Abraão esteve teria sido em Siquém, no carvalho de Moré, onde habitavam os cananeus. Ali Deus apareceu a Abraão e lhe confirmou a promessa de dar aquela terra à sua descendência,Tendo edificado um altar para Deus em Siquém, Abraão parte para o Sul, fixando-se num lugar entre as cidades de Betel e Ai onde se estabelece com as suas tendas e constrói um novo altar.

Depois, prossegue Abraão para o sul, não havendo informações na Bíblia onde seria esse terceiro local de sua passagem, mas apenas diz que havia fome naquela terra,Alguns, no entanto, interpretam que Abraão teria chegado a Salém, lugar que corresponderia hoje a Jerusalém. Porém, a Bíblia não diz claramente onde teria sido,Informações não bíblicas relatam que, após a morte de Terá (Taré), o rei de Salém teria enviado um mensageiro a Abraão com o fim de lhe convidar a fazer parte do núcleo de estudantes/sacerdotes no seu reino,O mensageiro encarregado da mensagem chamava-se Jaram e o convite era extensivo a Naor, mas que teria optado por ficar, construindo naquele lugar uma poderosa fortificação.

Abraão, contudo, partiu com o seu sobrinho de nome . Assim, ao chegarem a Salém, resolveram estabelecer acampamento próximo da cidade e edificar guarnições nas colinas adjacentes, de forma a protegerem-se contra os furtivos ataques dos hititas, dos filisteus e dos assírios, que privilegiavam estas zonas da Palestina nos seus ataques e saques,No entanto, deve-se considerar que, se Terá gerou Abrão e seus irmãos até seus setenta anos  e faleceu aos duzentos e cinco anos, quando Abraão deixou Harã o seu pai, certamente, estava vivo com a idade de cento e quarenta e cinco anos, já que no início da viagem do patriarca para Canaã ele tinha a idade de setenta e cinco, ainda que naquela época a contagem de anos pudesse ser diferente.

A seca e a viagem para o Egito:
Conselho de Abraão a Sara (aquarela cerca de 1896–1902 by James Tissot), A Bíblia diz que houve fome na terra prometida que Abraão havia se estabelecido em Canaã e que, por causa disso, o patriarca e todo o seu acampamento retirou-se para o Egito,Ao chegar no país, Abraão temeu que viesse a ser morto por causa da beleza de sua mulher e, por isso, combinou com ela dizer aos egípcios que era sua irmã legítima, omitindo o fato de ser sua esposa.

Assim, o faraó veio a apaixonar-se por Sara e a levou para o seu palácio, passando a favorecer Abraão Porém, Deus castigou o rei egípcio e este mandou chamar Abraão e lhe devolveu Sara, ordenando também que deixassem o país com os seus bens,Tal parentesco de Abraão com o faraó egípcio não teria fundamentos na Bíblia porque Abraão era semita enquanto os egípcios teriam descendido de Cam , não de Sem, assim como os cananeus, os filisteus, os hititas e os amoritas, de acordo com o livro apócrifo dos Jubileus, Deus quis provar o coração de Abraão, e permitiu que Sara fosse tirada dele e levada ao palácio do faraó. Porém, a Bíblia nada diz a esse 

Regresso à Canaã:
A Bíblia narra que Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho , retornou do Egito para a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel (provavelmente Salém). Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro, Prossegue o texto de Gênesis dizendo que Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia feito para Deus e O invocou. Ali, no entanto, Abraão e Ló resolvem separar-se devido a contendas que havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam.

Estudos similares não bíblicos explicam que Abraão, provavelmente, tinha interesse em se tornar um grande líder na Palestina - almejava até ser um poderoso rei naquelas terras  O seu retorno a Salém só poderia ter este objetivo. Melquisedeque teria recebido muito bem Abraão de volta a Salém. Assim, Abraão teria tornado-se carismático entre esse povo e um líder conquistador.

A separação de Abraão e Ló.
A Bíblia relata que Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a opção de escolher planície que desejasse. Ló preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com o Jardim do Éden e com o Egito, de modo que a Abraão restou a árida Canaã,Habitou Abraão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. (Gênesis 13:12)

Acredita-se que Ló tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Ló para a rica cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais,Após a separação de Ló, Deus apareceu novamente a Abraão confirmando dar aquela terra à sua descendência, ordenando-lhe que percorresse a região,Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom, onde edificou um novo altar a Deus.

A Aliança de Abraão com Deus.
No capítulo 15 de Gênesis, Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que depois retornaria para a terra prometida, Então disse a Abrão: saibas, de certo, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-los-ão quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amoritas não está ainda cheia. (Gênesis 15:13-16)

Informações não bíblicas falam de uma aliança entre Melquisedeque e Abraão. Tal aliança seria um reconhecimento de Melquisedeque da soberania de Abraão e a cedência do seu trono a este líder e à sua descendência, uma vez que este rei não tinha descendentes para o substituir. Esta referência também é mencionada na Bíblia no capítulo 7 da epístola aos Hebreus, onde se refere à falta de descendência deste sábio de SalémTodavia, o texto bíblico em Gênesis é claro em demonstrar que o diálogo de Abraão e a sua experiência foi diretamente com Deus. Deus promete a Abraão que este teria inúmeros descendentes, que ele seria o pai de uma multidão de nações e Deus também prometeu a ele que faria o nome dele grande.

A destruição de Sodoma e Gomoara:
Temendo pela vida de seu sobrinho Ló e de sua família, Abraão apelou a Deus para que não destruísse Sodoma. Deus então prometera que se achasse pelo menos dez justos ali, pouparia a cidade,Os anjos vão até Sodoma, entram na casa de Ló e o retiram da cidade junto com sua família antes que começasse a destruição do lugar, permitindo que o sobrinho de Abraão se refugiasse nas montanhas, E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da Campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio da destruição, derribando aquelas cidades em que Ló habitara. (Gênesis 19:29)

A morte de Sarai 
Segundo a Bíblia, Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de Efrom, em Canaã, a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca que sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o seu rebanho. A sepultura adquirida é posteriormente utilizada pelo patriarca e por seus descendentes

Abraão manda buscar uma noiva para Isaque
A biblía Narra no capítulo 24 de Gênesis que Abraão enviou o seu servo Eliezer para que fosse à Mesopotâmia e trouxesse uma esposa para seu filho Isaque entre os seus parentes, Ocorreu que Milca e Naor tiveram oito filhos e netos. Eliezer então, ao chegar na cidade de Naor, encontra a Rebeca, filha de Betuel e irmã de Labão. Rebeca consente em ir com Eliezer e este a leva para Isaque.

A morte de Abraão.
A morte de Abraão é comentada no capítulo 25 de Gênesis, o qual teria vivido cento e setenta e cinco anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael, Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Hagar e de Quetura. Os registros referem que todas as propriedades de Abraão foram para o seu filho Isaac, o filho de Sara, a qual tinha o status de esposa. Agar não foi esposa de Abraão, mas sim uma concubina. Quentura foi esposa de Abraão após a morte de Sara

Considerando que Isaque tornou-se o pai de Jacó e de Esaú aos sessenta anos, Abraão deve ter convivido com os netos durante quinze anos, muito embora o livro de Gênesis não mencione sobre esses contatos.

Saudações finais 
Aos Amigos leitores dessa matéria aquém eu dedico minha especial atenção de todos os trabalhos que tenho colocado em publicação para que vocês possam usufruir de uma leitura clara e objetiva, pois tenho mi empenhado de uma forma especial que através do espírito de Deus, tem nos mostrado um segmento e Roteiro de tudo que tenho escrevi-do para o crescimento do Reino, em conhecimentos adquirido ao longo dessa jornada tenho me Esforçado diante de Deus, que através  das Pesquisas consultando as fontes de Apoio o que nos levaram dias semanas ou ate meses com a finalidade de fazer o melhor para o amado leitor, para que cada um possa ser agraciado por Deus, através  de palavra, ora revelada pelo espirito santo com o objetivo de fortalecer o corpo da Igreja.

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Referencia bibliográficas e pesquisas.
Dicionario de teologia Bíblica -Vol. I Abraão - Jesus Cristo, São Paulo: Loyola pv  19
Novo dicionario da Bíblico São Paulo  Hagnos 2005
Dicionario Bíblico Universal Petrópolis / São Paulo vozes / Santuário 1997
Dicionário Bíblico Ilustrado da Bíblia
Panorama do Novo testamento - Editora Vida
Bíblia de Estúdio palavra chaves
Bíblia de Estúdio Plenitude  editora vida
Pequena enciclopedista Bíblica - Orlando Boyer

Fontes de apoio e pesquisa Academica: 
Faculdade Teológica da  UNINTER              
Instituto de Teologia Cristã  I.C.P 
Centro Treinamento Teológico Metodista: C.T.T.M
Universidade Paulista de Teologia da Unip                                     
AGRADE Academia Teológica da Graça de Deus.

Elaboração biográfica do Trabalho { Pr. Ary }
elaboração Técnica: Pr. Ary 
Colaboração técnica:   Alrimar Junior.
Colaboração biográfica: Alrimar Junior e Jordana Benign
Coordenação Espiritual: Pra Sandra

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